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A banda colombiana Quemarlo Todo estreia “Slaughter”, um lançamento ao vivo gravado em Acorde Visual que trasciende o musical para se converter em um ato de memória e confronto. A canção é uma representação brutal e desencarnada do horror vívido durante o massacre de El Salado (Bolívar, 2000), um dos episódios mais atrozes do conflito armado na Colômbia.Ouça o single no Spotify

Slaughter é mais que uma canção: é um retrato sonoro da devastação. É uma peça onde o metal é convertido em denúncia e resistência. A letra expõe a violência exercida por estruturas estatais e paramilitares, revelando o terror absoluto e a perdida de toda esperança que enfrenta as vítimas no meio do extermínio, onde se condensam imagens demoledoras que vão desde rios de sangue refletindo a crueza do massacre, até as sombras fortes que manejam o poder, onde a morte se converte em um negócio. Todo ele está marcado em um ambiente apocalíptico onde o divino se corrompe e se transforma em um mantra obscuro: “Loucura, deus desejo de arma – Matança, deus desejo de arma”.

Gravada ao vivo no Acorde Visual Studios, em Bucaramanga, a performance multiplica o poder da mensagem: guitarras que cortam como lâminas, percussão que martela como tiros e uma voz que libera cada palavra com a intensidade de um clamor coletivo. Não há artifícios ou filtros, apenas a crueza que caracteriza Quemarlo Todo, que transforma cada música em um ato de resistência e confronto, articulando um grito que questiona a guerra e a opressão como máquinas de poder. Com este lançamento, a banda reafirma que sua música não é escapismo, mas uma experiência que confronta o caos de frente. A matança não consola: ela perturba, choca e expõe a violência sistemática que permeia nossas realidades.

Fonte: Wild Noise Productions