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A banda chilena Genofagia acaba de lançar o seu primeiro álbum, "Cyberpunk", uma produção ousada que combina Death Metal Progressivo com influências de rock fusion e jazz experimental. O disco evoca ambientes futuristas e distópicos, carregados de uma intensidade emocional palpável.

"Cyberpunk" propõe uma experiência sonora marcada por guitarras densas e atmosféricas, ritmos abruptos e melodias oníricas. A obra mergulha na ficção científica e em visões alteradas entre sonhos, substâncias e realidades fragmentadas. O resultado é uma espécie de "desordem ordenada": uma paisagem musical que rompe com a forma tradicional para a reconstruir a partir do caos, jogando com a tensão constante entre força, melodia e abstração.

O processo de gravação do álbum foi totalmente autogestionado e estendeu-se por mais de um ano e meio. As baterias foram registradas numa única jornada pelo então guitarrista Omar Bustos. Em apenas dois dias, completaram-se guitarras, vozes e baixo, utilizando todos os recursos disponíveis no estúdio, incluindo congas e bongos. Meses depois, Bustos regressou para realizar o reamp das guitarras, antes de se desvincular definitivamente da banda.

A arte da capa é um capítulo à parte, criada pelo próprio Diego Santis. O músico construiu esculturas e uma cenografia dentro de um tambor metálico, que posteriormente incendiou para alcançar a imagem definitiva. Tudo foi capturado num único take. "Testamos a luz com o fotógrafo e já não havia volta a dar. Foi divertido e stressante ao mesmo tempo," comenta Santis.O álbum aborda temáticas ligadas a mundos futuristas saturados e sombrios, onde o onírico se confunde com a realidade através de fenómenos paranormais, distorções mentais e crises de identidade. "Esperamos que a nossa proposta encontre um espaço dentro da enorme oferta musical atual. Somos uma banda de nicho, mas acreditamos que temos um som próprio e uma forma particular de resolver o caos através da música," assinalam os integrantes.

Fonte: Cipress PR