Resenhas

Resenha - Pato Junkie: "The Rag Doll"

Terça-feira | 12 de dezembro de 2017
por Romulo Carlos

Resenha - Pato Junkie:

(Nacional - Independente: 2017)

A Pato Junkie,banda mineira da cidade de Patos de Minas, formada em 2009 pelo vocalista Alexandre Gomes e o baterista Wellington Nunes,na época a banda tinha como proposta apresentar um som caótico,sujo e barulhento como o punk/hardcore tem que ser.

Em 2015,a banda lançou seu primeiro Full intitulado "Doido e Violento" composto de 12 faixas,o disco foi recheado de músicas que já eram clássicos e bem conhecidas da galera underground que acompanhavam a banda. Músicas como "Playboy tem que morrer", "De Pião para Pião" e "S.O.S Palestina" não podiam faltar nos shows.

Após algumas mudanças na formação, agora como quinteto a Pato Junkie lançou em 2016 o single "The Rag Doll",esta música já veio com uma diferença no som da banda,e novos elementos e influências de Metal Alternativo,Metalcore e Thrash foram adicionados na parte instrumental.

Antes de lançarem o segundo disco da carreira o grupo ainda lançou mais dois singles: "Bad Memories" e "Atos Terroristas", e em Novembro, o quinteto patense soltou o material para audição nas principais plataformas digitais,inclusive no youtube.

Produzindo um som voltado para o metal alternativo e com uma roupagem moderna e cantando algumas faixas em inglês esse frescor no som sempre é benéfico para a banda,não sei se o ouvinte vai ter a mesma percepção,de qualquer maneira "The Rag Doll" é o carro-chefe do cd,as variações e mudanças de andamento em "Bad Memories" ficou bacana, uma faixa mais cadenciada e um pouco arrastada "Chaos of Day" chama a atenção por fugir da proposta inicial da banda,mas pelo novo direcionamento musical é uma canção que pode ser o coringa do disco.

Em minha opinião "Atos Terroristas" é disparada a melhor faixa do disco,somando com a faixa que dá título ao disco "The Rag Doll" e fecha com a ótima e rápida "Pião Para Pião",mesmo com novos arranjos e um quê de modernidade, a música traduz o sentimento de revolta traduzido em notas musicais, lampejos com riffs de guitarra muito bem produzidos.

Senti falta daqueles hinos voltados para o crossover/punk que a banda fazia antigamente, (Playboy tem que morrer, A bomba é meu dízimo, S.O.S Palestina),mas a escolha de mudar o som veio do Alexandre e seus companheiros de banda,então vamos aguardar e ver o que vem pela frente!