Resenhas

Dysnomia :" Proselyte"

(2016 – Independente)

Resenha: Diego Murray Vinhal

Banda formada no ano de 2006 em São Carlos/Sp, cujo o estilo se encaixa perfeitamente noThrash/Death!.Possuem dois trabalhos antecessores: uma demo lançada em 2009 (Possui 4 faixas) e um Ep com 3 faixas chamado “As Chaos Descends”, lançado em 2013!

De cara ao soar os primeiros acordes de Ascencion, por incrível que pareça me veio logo na cabeça duas bandas brasileiras, o Torture Squad e os uberlandenses do Krow, me lembrou bastante!

O disco começa como uma pancada, vale exaltar as perfeitas mudanças de riffs e tempo, onde alternam muito bem as levadas de blast beats com os riffs mais cadenciados! A primeira faixa Ascencion já mostra perfeitamente que os caras sabem fazer muito bem o dever de casa! A música começa com uma bela marcação da bateria junto com as guitarras e logo em seguida a entrada de blast beats arregaçando tudo seguindo de riffs cadenciados e corridos! O vocal faz uma bela variação entre o gutural mais aberto e o gutural mais fechado entre os versos da música! Vindo ao meio da música um belo solo de guitarra muito bem executado,variando entre escalas e arpejos onde na mesma hora já cai para um riff cadenciado e um solo mais harmonioso e com frases melódicas!

Seguindo para a próxima faixa Palingenesis, puta que pariu que porrada é essa música! É a música destaque do disco pra mim! Fiquei imaginando os moshpits nessa música ao vivo! O inicio vem com uns riffs que me lembrou bastante Nevermore, seguido de outro riff a lá Morbid Angel, blast beats com riffs de guitarra duetados! As partes que valem muito destaque são as mudanças de tempo para a caída dos cadenciados dessa música, são cadenciados pesados e muito bem trabalhados!

Agora temos Proselyte, faixa título do álbum! Após a pequena intro de menos de 20 segundos,a música já começa destruindo tudo! Música muito bem feita, com arranjos muito bem feitos e super trabalhados! Essa música dosa muito bem brutalidade, técnica e cadenciados! Gostei muito dos pequenos solos fraseados de guitarra que essa música tem, da um destaque a mais nos riffs de passagem! Faz jus por ser a faixa titulo do álbum! Spiralling Into Oblivion, outra pedrada,um rifferama essa música,onde mais uma vez sabem muito bem variar os riffs trampados,corridos e cadenciados! Refrão bem marcante com um riff que gruda em nossa cabeça! Gostei muito das linhagens de vocais dessa música, em algumas partes intercalam muito bem com os contra tempos dos riffs, me lembrou o Bloodshot Dawn! Não posso deixar de destacar o cadenciado muito bem trabalhado no meio da música, excepcional!

A próxima é Sisyphus, o início parece ser uma música mais calma, quase aquelas baladas tradicionais de metal! Um dedilhado junto com uns arranjos feitos com controle de volume na guitarra, mas, não se engane muito, aos 30 segundos a história é outra, a ignorância vem bem em seguida! Essa música tem uns riffs que, sem brincadeira, da vontade de meter a cabeça na parede! O que achei interessante nessa música foi a diversidade de tempos que ela tem, ao mesmo tempo em que a porrada come, vem uns riffs de passagem muito bem feitos, como um feito após o solo de guitarra do meio da música, um riff dedilhado com distorção que deu uma atmosfera muito foda, os vocais nessa parte misturando rasgado com gutural um em cima do outro, sem palavras!

A sexta faixa é Begotten, que também é uma música bastante técnica, após o riff de intro da música, vem uma batera super trampada em contra tempos e levadas técnicas, e também um belo riff de guitarra, também super trampado! O destaque dessa faixa pra mim vai para o refrão, que ficou foda demais! Colocaram um refrão cantado em Castelhano, que ficou excepcional! Eu gosto muito de bandas que fazem isso,usam por exemplo um só idioma pra cantar mas em uma música ou outra colocam alguma parte em outro idioma tipo latim,castelhano é bem interessante!

The Storm Arrives, essa música tem uns arranjos de guitarra que me lembrou um pouco o Death na época do Individual Thought Patterns e do Symbolic,algumas melodias das guitarras lembrou bastante! Os vocais nessa faixa também são diferentes, durante alguns versos ele segue mais a linha rasgado lembra algumas linhagens de vocais rasgados do Impaled no álbum Mondo Medicale,e os guturais dessa música são bem fechados, onde intercalando as duas linhagens ficou bem foda! Mais um som muito bem feito!

A ultima faixa é Obsolete Humachinery! Dessa vez a intro é no baixo, e que inicio que ficou legal, um arranjo feito com tappings no baixo bastante trampado, que ao mesmo tempo fica parecendo um dedilhado! Apesar de todas as músicas do disco serem bastante técnicas, achei essa ultima a mais técnica, pela quantidade de riffs que ela possui e muitas variações! É de se admirar o quão bem feita essa música ficou, a cada hora que passa uma parte vem um riff diferente, os solos de guitarra também ficaram muito bem encaixados, me lembrou bastante os solos do Michael Amott e do Bill Steer no disco Heartwork do Carcass!

Enfim, mais um grande petardo!.Temos aqui, uma excelente e perfeita mistura de brutalidade, variações de tempo e técnica! Um grande destaque desse disco é a produção,que por ser independente é excelente, as guitarras muito bem gravadas, o disco inteiro é muito bem gravado, masterizado e mixado! O entrosamento principalmente dos dois guitarristas, Julio Cambi e Joao Jorge (que também é vocal) é de se impressionar! Outro detalhe também é que o disco foi lançado em edição limitada com slipcase com somente 1000 cópias disponíveis! Um disco e uma banda que sinceramente, pra mim tem sido uma das bandas mais fodas que tenho conhecido ultimamente, e que merece  um grande destaque, isso me faz a cada dia me apaixonar mais ainda pelo nosso cenário nacional!

Dysnomia é:

Joao Jorge: Guitars and Vocals ,Julio Cambi: Guitars ,Érik Robert: Drums,Denilson Sarvo: Bass

Tracklist:

1. Ascension
2. Palingenesis
3. Proselyte
4. Spiralling into Oblivion
5. Sisyphus
6. Begotten
7. The Storm Arrives
8. Obsolete Humachinery

Contato: dysnomiametal@gmail.com

 

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