Entrevistas
KHORIUM
29 de junho de 2021
Lançado oficialmente em 18/06/2021 nas plataformas digitais "Forças Ocultas"é o segundo álbum completo dos cariocas da KHORIUM. Capa produzida pelo artista Paulo Kalvo,o disco conta com 9 faixas e tem a participação do cantor, apresentador e ator Jimmy London (Jimmy & Rats, Matanza Ritual, ex-Matanza) também configura em ‘Muito Fala, Nada Faz’.
Batemos um papo com o Glaydson Oliveira (guitarrista e vocalista) e produtor do álbum.
1 – Nos fale sobre o início e como tudo começou?
1 - A banda começou em 2017, já com a intenção de fazer música autoral que misturasse estilos diferentes, e cantando em português para privilegiar o conteúdo das letras. Essa era proposta desde o início. Gravamos nosso 1o single, e a partir dali tudo aconteceu num crescimento gradativo. Hoje quando olhamos para trás temos orgulho da caminhada que percorremos até aqui.
2 – Vivemos em um país cheio de corruptos,quem é quem nas Forças Opostas?
2 - Como representado na capa do álbum, existe um conflito de interesses em nossa sociedade que já perdura por séculos. De um lado, o povo, a pessoa comum, que só quer levar uma vida digna, com o mínimo de conforto, saúde, trabalho, e bem estar para si e seus entes queridos. E do outro lado as elites famintas por poder e dinheiro, que querem cada vez mais ampliar sua influência e riqueza mesmo que isso custe vidas e recursos naturais.
3 – O som de vocês é como tiro certeiro na hipocrisia, como não se rebelar com o caos?
3 - O maior ato revolucionário é provocar as pessoas a pensarem. É tudo que as elites mais temem. Por isso nos rebelamos e denunciamos a hipocrisia das elites da forma mais explicita possivel. Para facilitar o entendimento de todos. Nosso objetivo não é entregar respostas, mas provocar as perguntas.
4 – Vendo tudo que está acontecendo,há esperança para um Brasil menos desigual?
4 - A reversão do quadro total, tirando do poder os donos do Brasil, é utopia, nunca vai acontecer por completo. Mas acreditamos que há espaço para pelo menos melhorar as condições de vida do povo e reduzir a desigualdade social. Já tivemos em nossa história recente períodos de grande mobilidade dentro da pirâmide social. Não podemos perder a esperança. A esperança é o combustível de quem luta.
5 – Quais são as influências e referências musicais de vocês?
5 - Temos uma grande variedade de influências e referências misturadas. Ainda que a banda por necessidade de um rotulo se identifique como Rap Metal / Hardcore Crossover, no caldeirão da Khorium tem de tudo um pouco. Metal alternativo dos anos 90, new metal, rap/hip-hop, djent, post Hardcore, Black Metal, thrash metal old school, grindcore, e até reggae e funk/soul.
6 – Há uma fórmula para compor as letras? Como é o processo de composição?
6 - As letras já são escritas pensando em que tipo de técnica vocal vai ser usada naquela parte. Se é um rap, ou se vai ser um gutural, ou uma voz limpa. Cada letra traz uma temática específica, e temos a tendência a buscar ser o mais explícitos e literais possível. Sem deixar dúvida sobre o tema e o nosso posicionamento. Às vezes a letra vem primeiro, e às vezes a música vem primeiro. Não há muita regra quanto a isso.
7 – Fome,covid,desemprego,preconceito,humilhação,qual direção á seguir?
7 - Primeiro de tudo, perseverar. Não desistir de si mesmo. É o 1o passo. Se você desiste de si mesmo, eles venceram. E segundo, tentar ajudar a quem for possível. Não espere dos poderosos, principalmente os que atualmente se encontram lá, qualquer movimento no sentido de fazer algo realmente benéfico para o povo. Então, esse é um dos momentos mais importantes para solidariedade.
8 – Qual cenário vocês veêm para a música em 2022?
8 - A nossa maior ansiedade é que a vacinação da população avance para podermos ter novamente eventos presenciais. Essa é a parte que mais estamos sentindo falta. As máscaras e cuidados ainda devem perdurar por mais alguns anos, mas o retorno à alguma forma de normalidade e tocar ao vivo é uma grande expectativa que temos. Mas primeiro de tudo tem que parar de morrer gente de covid nesse país.
9 – Fiquem a vontade para encerrar,foi uma honra poder ouvi-los?
9 - Primeiramente gostaríamos de agradecer pelo espaço, pela oportunidade da entrevista e pelo apoio. Nós nos sentimos honrados pelo convite. Somos muito gratos. E o mesmo agradecimento à todos na cena que tem nos apoiado, zines, rádios, sites, canais de YouTube, revistas. E aos fãs de música que tem recebido bem o nosso trabalho e ajudado a nos divulgar. E dizer que apesar desse momento distopico que estamos vivendo e todas as dificuldades inerentes a ele, nós nos materemos produzindo e lançando coisas novas. Então, fiquem ligados nas redes sociais da banda que vamos ter sempre novidades!
Fim da Entrevista